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  • Foto do escritorPr. Bertiê Magalhães

EDIFICANDO A IGREJA NA PÓS-MODERNIDADE


Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa..

Salmos 128:1-3


INTRODUÇÃO

A Igreja é constituída de famílias. Estamos vivenciando dias em que a família precisa encarar a realidade, viver no período designado como pós modernidade, onde o conceito de “família” vai contra tudo aquilo que a Palavra de Deus ensina.

Uma tendência mundial do “marketing” é aquele que exige a inclusão social nesta virada de milênio, exigindo um novo modelo de cidadania, um novo conceito de família. Neste novo panorama de cidadania temos o cidadão global, a grande família global, vivendo na aldeia global. Tudo está concorrendo para a concretização deste projeto e muito em breve os membros da família Global serão identificados pelo controle MUNDIAL. Este controle já é possível pelo avançado sistema tecnológico atual. As máquinas estão prontas para ser usadas. O governo global está chegando e vai decretar o funcionamento destas máquinas para atingir os fins propostos pelo novo sistema.


I – A FAMÍLIA NUMA CULTURA DIFERENTE

A família vem sendo trabalhada pelo marketing da “Unificação Global”. Unificando a Língua (Gn 11.1-4), os costumes dos povos da terra, as finanças, num governo único e centralizado. Vejamos como exemplo, que quando Nabucodonosor levou cativa a nação de Judá, trocou o nome dos jovens hebreus por nomes babilônicos (Dn 1.7). Estes jovens hebreus iam aprender as letras (escrita) e a língua (idioma) dos caldeus (Dn 1.4), facilitando assim sua inclusão social nos moldes daquela nação pagã. O monarca impôs oficialmente a ração diária de todos eles. Era uma imposição psicológica, para condicioná-los ao novo modelo de vida. A ordem do rei, não permitia mudança. Eles não podiam pensar nem raciocinar, mas obedecer absolutamente. Não sucederam assim, eles reagiram diante do problema, buscaram a Deus e foram vitoriosos, pois eram jovens livres e de boa formação.


a) A mudança de nome: Uma estratégia de subordinação. Os nomes dos jovens em hebraico foram trocados por novos nomes na cultura dos deuses dos caldeus. Seus nomes babilônicos simbolizavam a aceitação da nova cidadania. Sutilmente estes nomes declaravam uma nova crença. A crença de subordinação do novo império mundial, a Babilônia. Essa nova crença abrangente não se resumia apenas ao contexto religioso, mas, filosófico, social, moral, ético, e acima de tudo um pensamento de sujeição imperial.


b) Os nomes dos cativos em família e na corte. Os nomes dos jovens hebreus foram mudados assim: Daniel, (Deus é meu Juiz) para Beltessazar na corte (Bel te proteja); Hananias, (o Senhor demonstra a sua graça) para Sadraque (sob o comando de Aku, o deus lua); Azarias, (o Senhor ajuda) para Abede-Nego (servo de Nego ou Nabu, o deus do da literatura); Misael (quem é como Deus?) para Mesaque (quem é como Aku?). Os nomes trazem influência na vida das pessoas: de Abrão para Abraão; de Jacó para Israel; de Sarai para Sara, etc.


c) Uma nova visão de família: A Família Global. A Família como instituição divina está sendo aniquilada. A Igreja é a guardiã da vontade de Deus na terra, na manutenção da ordem, da instituição do matrimônio, e da comunicação da verdade. A Igreja, que sofre ataques ferrenhos só terá descanso no seu arrebatamento. Na mundialização todas as famílias, as que fizerem parte da grande família global, terão que obedecer aos mesmos princípios. O Canadá recentemente passou a permitir a união civil Livre. A chamada pós-modernidade é uma abertura sem precedentes em toda esfera moral da sociedade. Aquilo que estava na sombra vem para realidade: homossexualismo, lesbianismo, prostituição sem fronteiras, entre muitos males. Segundo a Palavra, Sodoma e Gomorra vão receber menor rigor no juízo do que as cidades de Betsaida, Tiro e Cafarnaum, que representam a geração de nossos dias (Mt 11.22-24).


II – A FAMÍLIA ENFRENTANDO AS TORMENTAS DA MALDADE.

Os pais de famílias estão sufocados e sem meios hábeis para salvar sua família de um furacão avassalador, destruidor, aterrador, sombrio: O mal. A maldade cresce a galope, e as autoridades estão inaptas, os contingentes da segurança e da paz estão fora da realidade, da exigência atual.


a) O mal da televisão. A televisão é um veículo voltado a atender o capricho dos ímpios, que visitam os lares dos evangélicos e os faz embriagar com a podridão, a lama fétida; legalizando o pecado e banalizando o ensino das Sagradas Escrituras (SL 101.3,4). O pecado é a maior tragédia da humanidade. A natureza do homem ficou tendente ao prazer do mal, e é por isto que a mídia trabalha buscando audiência nas tragédias, na sensualidade que culmina com o anseio do homem no pecado (Gn 6.3-6). Os produtos da televisão são as mortes, acidentes, roubos, derramamento de sangue, novelas para adultos, adolescentes, nudismo, jogos, folclore nacionalista, terremotos, entre tantas coisas, quase todas trágicas ou promíscuas. Estes males têm envolvido muitos crentes fiéis de nossos dias, que destruíram suas vidas espirituais, trocaram o maravilhoso culto ao Senhor por filmes, programas, que adentram noite afora.


b) A mídia disputando os membros da família. Em muitos lares o diálogo acabou. Os membros foram imobilizados pela camisa mediúnica da televisão. O calor humano e familiar foi substituído pelo entretenimento da tecnologia fria e maligna. Muitos casais estão à beira do divórcio, e muitos lares se tornaram habitação do inferno, depois que o Espírito Santo foi botado pra fora e os espíritos demoníacos se apossaram do território familiar.


c) A corrupção invadiu a terra. A juventude está desanimada, sem um referencial a ser seguido. Os ícones do mundo político desabaram; uns estão presos, outros tiveram cassados seus mandatos; grandes líderes evangélicos perderam o ministério no adultério; pastores que deixaram suas esposas por outras mais novas mancharam a moral, enriqueceram-se apressadamente; passam a viver em luxúria em lugar da simplicidade. “Lembrai dos vossos pastores que vos falaram a Palavra da Verdade e a fé dos quais imitai; atentando para a sua maneira de viver” (I Ts 4.1-8; HB 13.7). Jesus é o referencial por excelência, o alvo certo, o modelo a ser seguido. Em Cristo a família e toda Igreja está segura (Hb 12.2).


III – A FAMÍLIA SEGUNDO O PLANO DE DEUS

Estamos contemplando ao nosso redor uma crise de autoridade em todas as esferas da sociedade. Israel passou por crises semelhantes, (Jz 17.6; 18.1) e ia de mal a pior, pois naqueles dias não havia rei em Israel. Hoje, embora haja chefes de família, estão desprovidos de autoridade.


a) A falsa revolução do modelo de vida da família. O filosófo Jean Jacques Rosseau, partia do princípio de que o homem é de natureza boa, e por isso deve ser protegido das influências, em particular da religião. Para ele a consciência é um guia seguro, que o chama de instinto divino, voz celeste que o torna o homem igual a Deus. Esse ateu marcou o século de seus dias e até hoje tem seus adeptos. Nos livros de Benjamim Spock, um médico pediatra e pedagogo norte americano que em seu livro “Como cuidar de seu filho”, com perigosas conclusões e conceitos acerca da autoridade, do castigo e da obediência, são inaceitáveis aos padrões bíblicos. Estes conceitos introduziram leis, divinizaram membros das famílias “adolescentes e crianças” suspenderam a disciplina, impôs ameaças aos pais, que ficam sem exercício da autoridade paterna, sujeito a ficar preso a qualquer momento pela denúncia de filhos.


b) O modelo bíblico de vida familiar. A palavra de Deus descreve o modelo verdadeiro e ideal de vida familiar: A família unida à roda da mesa (Sl 128.3). Ensinando a criança no caminho em que ela deve andar, e até quando envelhecer não desviará dele (Pr 22.6); Saber, desde a meninice, as sagradas letras (II Tm 3.15); Ouvir a correção do pai (Pr 4.1). Ser obediente aos pais no Senhor (Ef 6.1-6); Não retirar a disciplina da criança, porque a fustigando com a vara nem por isso morrerá (Pv. 23.13). O filho sem correção, ensino e disciplina é a vergonha de sua mãe, ou seja, da família (Pr 10.1) e ainda mais, da sociedade.


c) Criando os filhos no temor do Senhor. Os filhos são aqueles criados com o devido cuidado no temor e admoestação do Senhor. Não temos responsabilidades com os bastardos e sim com os filhos. É triste, na atualidade, vermos pais com conceitos anti bíblicos, negligenciando a disciplina alegando traumas, frustrações e resultados danosos; e ainda tendo uma geração de crianças indóceis, desobedientes, resultando numa juventude rebelde. Tudo isto acontece porque não receberam as varadas devidas, no momento certo. Muitos pais despreparados instalaram em casa uma tirania familiar. Certo é que precisamos de muita sabedoria e graça de Deus para cumprir nossa responsabilidade. Os filhos são heranças do Senhor e galardão dos pais (Sl 127.3). Que tipo de herança são nossos filhos para Deus? E que tipo de galardão é eles para nós os pais?


IV – O FUNDAMENTO BÍBLICO DA FAMÍLIA

A menção da raça humana está em (Gn 1.27). Deus criou “macho e fêmea”, abençoou-lhes e ordenou: “Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra, e sujeitai-a (Gn 1.28a). O criador estabeleceu também o campo de ação do homem: “Dominai o reino animal (Gn 1.28b), o reino vegetal (Gn 1.29,30). O homem recebeu poderes delegados por Deus para tudo governar, cuidar do meio ambiente, preservar com cuidado o planeta terra e desfrutar da providência divina para o bem viver. Em tudo Deus ressaltou a família, e “viu que tudo o que fizera era bom” (Gn 1.31). Nós somos a criação de Deus.


a) O casamento: instituição de Deus. Diz a Bíblia: “E plantou o Senhor um jardim no Éden da banda do oriente e pôs ali o homem que tinha formado” (Gn 2.8) Nos versículos de Gêneses 2.18-24 é contada a história detalhada da formação da mulher, e como foi concretizado o projeto de Deus do matrimônio, unindo Adão e Eva como marido e mulher. A união deste casal é a prática da legalidade da moral que deve permear toda raça humana. A partir daí surge a sociedade. E da sociedade surge a Igreja, por sua vez, constituída de famílias. A instituição do casamento nos moldes bíblicos é inviolável. Parlamento algum no mundo, mesmo alegando regularização de conflitos humanos, poderá alterar as normas já determinadas pelo Criador.


b) Adão e Eva: A constituição da família. De Adão e Eva, nasceram filhos e filhas. Vamos aqui citar o nome de Caim e Abel. Em Gênesis 4.1-7 temos a história narrada desta primeira família bíblica até então conhecida. Caim, lavrador, e Abel, pastor de ovelhas. Ao passar os dias Caim e Abel se apresentaram ao Senhor, Deus recebeu a oferta de Abel e não atentou para a oferta de Caim. A partir deste fato, Caim entristeceu e determinou em seu coração a morte do seu irmão. Mesmo advertido por Deus, alegando que aquele rancor era sem fundamento, e que ele deveria ter a mesma dedicação de seu irmão ao invés de querer destruí-lo, nem mesmo assim o Senhor o convenceu à mudança. Ele vai à procura de seu irmão para assassiná-lo deliberadamente. João, o apóstolo, disse que Caim era do maligno (I Jo 3.12).


c) Adão e Eva não tinham idéias da proporção do pecado, comendo do fruto proibido – O assassinato de Abel nos mostra que a decisão de Caim foi provocada por um ciúme doentio. Em vez de corrigir seus erros e aceitar o padrão do sacrifício a ser oferecido ao Senhor, preferiu assumir os resultados danosos do pecado em sua geração (Gn 4.9-15). Após o crime não buscou arrependimento, retirou-se da presença do Senhor GN 4.16. O pecado não corrigido instiga o homem a fugir de Deus.


d) O exemplo de Noé. A sociedade apresentava características de uma modernidade avançada, prevalecia à violência que as autoridades não podiam contornar (Gn 6.5,11,12); Noé vivenciava todo aquele drama social, e prevaleceu contra o sistema corrupto e maligno de sua época, conservando sua família no padrão agradável ao Senhor e salvando-a destruição do dilúvio (Gn 6.8; 7.1). Na igreja que vive nos tempos da pós modernidade, as famílias que a compõem enfrentam o mesmo drama da violência dos anti-diluvianos e da permissividade praticada em Sodama e Gomorra (Rm 1:18-32). Precisamos possuir temor suficiente como Noé, lutar com a nossa família e esperar Cristo a qualquer momento, mantendo acesa nossa candeia (Mt 25.4,9,10); segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).


CONCLUSÃO.

A família neste período chamado de pós-modernidade enfrenta os mesmos problemas que enfrentou Noé, Daniel e Ló. O Espírito Santo requer de cada um nós o cuidado, a vigilância e estar esperando a Jesus, nosso modelo ideal.


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